Quando a tecnologia encontra a natureza: colmeia inteligente criada por meninas mostra que proteger abelhas é coisa séria (e inspiradora!)

A ideia nasceu no programa Solve For Tomorrow, uma iniciativa global da Samsung que incentiva jovens da América Latina a criarem soluções para problemas reais das suas comunidades. Saiba mais!

ABELHASEDUCAÇÃONATUREZA

Semíramis F. Alencar Moreira

7/9/20254 min ler

Você já parou pra pensar como seria o mundo sem abelhas? A verdade é que ele provavelmente seria bem menos colorido — e bem mais faminto. Esses insetos pequenos, mas poderosos, são responsáveis por cerca de um terço de tudo que comemos, segundo a FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. E se a gente unisse tecnologia, sustentabilidade e educação pra cuidar melhor delas?

Foi exatamente isso que cinco meninas da Costa Rica fizeram. Com idades entre 16 e 17 anos e estudantes de um curso técnico, elas criaram o projeto Apyphore: uma colmeia inteligente equipada com sensores, câmeras e um sistema de monitoramento remoto que cuida da saúde das abelhas e ainda facilita o trabalho dos apicultores. Tudo isso com um olhar muito carinhoso para a preservação ambiental.

Um hotel 5 estrelas (ou 5 flores) para abelhas

A ideia nasceu no programa Solve For Tomorrow, uma iniciativa global da Samsung que incentiva jovens da América Latina a criarem soluções para problemas reais das suas comunidades. As meninas, estudantes da escola Athens Technical Vocational College, foram orientadas pelo professor Yamil Vega, que acreditou no potencial do grupo e apostou na criação de uma tecnologia acessível, sustentável e... doce!

Elas começaram estudando o básico: o papel das abelhas na natureza, os riscos que esses insetos enfrentam, as doenças que podem afetar as colmeias e o quanto a apicultura ainda depende de processos manuais — muitos deles estressantes para os animais. A partir daí, o objetivo ficou claro: criar uma colmeia moderna, com tecnologia de ponta, mas acolhedora para as abelhas.

Menos estresse, mais inovação

Um dos grandes diferenciais do Apyphore é o sistema de extração de apitoxina — um composto produzido pelas abelhas com propriedades anti-inflamatórias, usado em cosméticos e tratamentos de saúde. O método tradicional de coleta envolve "assustar" as abelhas, empurrando-as contra um vidro com leves choques, o que gera estresse na colmeia.

No Apyphore, a extração é feita de forma mais gentil: descargas eletrostáticas suaves estimulam as abelhas sem prejudicá-las. Um alívio para elas — e um avanço gigante para quem valoriza o bem-estar animal na produção.

STEM com afeto e propósito

O projeto se encaixa perfeitamente dentro da sigla STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), mas vai além disso. Ele conversa diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, principalmente nos temas de saúde, bem-estar, igualdade de gênero e consumo responsável.

Aliás, o time ser inteiramente feminino não foi por acaso. O professor Yamil, pai de duas meninas, quis dar visibilidade às jovens mulheres em um campo ainda muito dominado por homens. E a escolha deu certo: além de brilharem na tecnologia, elas também cuidaram da comunicação do projeto, criaram logotipo, uniformes, redes sociais e até levantaram fundos com campanha escolar.

A hora do “eureka!”

Claro que, como todo projeto tecnológico, nem tudo foi um mar de mel. Na hora de integrar o software com os sensores da colmeia, elas se depararam com mais de 800 linhas de código — e algo não funcionava. Foi preciso paciência, foco e, principalmente, trabalho em equipe.

Cada estudante encontrou seu lugar: umas programaram, outras cuidaram da parte técnica e outras ainda assumiram a comunicação. No fim, tudo deu certo: a colmeia funcionou em tempo real, com câmeras e sensores que transmitiam informações ao vivo para os apicultores. Tudo isso com custo de produção entre 120 e 150 dólares. Para se ter uma ideia, um produto com menos tecnologia custa hoje em média 300 dólares no mercado.

Solução local, impacto global

Além de ajudar na conservação das abelhas, o projeto ainda colabora com a economia local. As caixas das colmeias foram feitas por artesãos da região, valorizando o saber tradicional e fomentando a economia circular. Isso mostra que inovação não precisa vir só dos grandes centros urbanos nem depender de grandes corporações.

As estudantes também pensaram no futuro: criaram modelos em diferentes tamanhos para atender diversos perfis de apicultores, desde os pequenos produtores até empreendimentos maiores. Isso abre caminho para a comercialização em escala — e, quem sabe, a criação de uma startup social voltada à apicultura sustentável.

Educação que transforma (de verdade)

O projeto Apyphore não se resume a tecnologia. Ele mostra o poder transformador da educação quando os estudantes são convidados a resolver problemas reais com criatividade, empatia e propósito.

O professor Yamil resumiu bem: “Elas não precisam sair do projeto sabendo conectar um cabo. O mais importante é que saibam como tornar uma ideia viável e essencial para um time de trabalho.” E foi isso que aconteceu: a equipe desenvolveu um produto inovador, ganhou visibilidade internacional e ainda inspirou outras meninas a acreditarem que também podem trilhar caminhos nas áreas da ciência e tecnologia.

Final feliz (e doce como mel)

Sabe aquele sentimento de missão cumprida? Pois é. Com o Apyphore, essas jovens provaram que é possível usar a tecnologia para proteger a natureza — e ainda criar oportunidades econômicas para comunidades rurais.

Mais do que um projeto, o Apyphore é um lembrete de que quando educação, ciência e cuidado se encontram, o impacto é real — e transformador.

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